quarta-feira, 28 de maio de 2008

História da Evolução da Utilização dos Recursos

Devido à sua abundância, os recursos minerais não metálicos são muito fáceis de encontrar, e foram por isso os primeiros a ser utilizados. Nos períodos do Paleolítico (ou Idade da Pedra Lascada) e do Neolítico (ou Idade da Pedra Polida) as comunidades hominídeas eram caçadoras-recolectoras, pelo que necessitavam de instrumentos para a caça e para a sua actividade agrícola. Surgiram então os arpões e as flechas, usando diferentes tipos de pedra. Na Revolução Agrícola começou-se a utilizar as argilas para o fabrico de reservatórios de alimentos que eram também utilizados na cozedura dos mesmos. Mais tarde serviram também como molde para o fabrico de utensílios em cobre, ferro e outros minerais metálicos.

A utilização dos recursos minerais metálicos remota às épocas compreendidas entre os anos 6500-5000 a.C., no Médio Oriente, espalhando-se na Europa por volta de 3500 a.C. Começou-se por trabalhar o ouro, o cobre e a prata, só depois o ferro que constituiu uma descoberta fundamental. Com efeito, a maior robustez e resistência das armas em ferro determinavam a superioridade das populações que as usavam. Além disso, os utensílios de madeira e de pedra começaram a ser substituídos por completo.

Deste modo intensificava-se a procura dos minerais, começando a existir minas a céu aberto, muito primitivas. Consistiam na abertura de galerias muito baixas com instrumentos de chifre.

A produção de utensílios e adornos em minerais metálicos tornou-se cada vez mais comum até que, na Antiguidade Clássica, os Gregos começaram a privilegiar a pedra talhada. Até ao século VII a.C. as construções eram em madeira, tijolos secos e pedra bruta, sendo que a partir desta data começaram a ser trabalhados sobretudo o calcário e o mármore.

Apesar da exploração dos recursos minerais metálicos ter sido muito desenvolvida pelos Gregos e Romanos, foi no século XVIII, considerado o Século das Luzes, que houve uma grande intensificação na procura deste tipo de recursos. Com a descoberta da máquina a vapor de James Wat, rapidamente se aplicaram os seus princípios à agricultura e à manufactura. Foi então que se deu a Revolução Industrial, que veio substituir radicalmente as oficinas privadas e as pequenas manufacturas industriais, irrompendo novas indústrias onde o operariado desenvolvia um trabalho repetitivo e monótono usando maquinarias nunca antes conhecidas.

As inovações que caracterizam a Revolução Industrial ligavam-se estreitamente entre si num ciclo contínuo: o aperfeiçoamento das técnicas extractivas favorecia, por exemplo, o desenvolvimento da indústria siderúrgica que, por sua vez, produzia as máquinas usadas nas minas.

Para contribuir neste desenvolvimento abrupto da utilização dos metais, surge, na metade do século XIX, a indústria do aço, pela família Krupp. Começando por explorar o ferro, dedicaram-se rapidamente à produção do aço, construindo um conversor inventado por Bessemer, com o objectivo de extrair o aço do ferro fundido. Graças à sua maior robustez, o aço depressa substituiu o ferro na construção de edifícios e na construção de peças de artilharia e de carris.

Os recursos minerais metálicos continuam, ainda na actualidade, por razões socioeconómicas, culturais a ser muito procurados. A sua utilização em projectos arquitectónicos e industriais também contribuem muito para a procura deste tipo de minerais.

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